Na edição passada, falamos sobre, “O cuidado que devemos ter com o que pronunciamos”, ou seja, com as nossas palavras. Neste exemplar o Senhor colocou em meu coração um assunto também muito sério e quero compartilhar junto com o amado (a) leitor (a) uma mensagem que nos mostra os estragos causados pelo pecado na vida humana em comparação a uma doença muita grave, conhecida na Bíblia Sagrada por lepra.

Para parafrasear gostaria de citar o versículo 46 do capítulo 13 do livro de Levítico: Todos os dias em que a praga houver nele, será imundo; imundo está, habitará só; a sua habitação será fora do arraial”, porém, eu sugiro que o leitor leia todo o capítulo 13 para um melhor entendimento.

A palavra lepra vem do hebraico “tsaraath”, que de acordo com a Bíblia significa para os Judeus com relação a pele, "manchas brancas deprimidas em que os pêlos também se tornavam brancos". Na tradução grega do texto hebraico, a palavra "tsaraath" foi traduzida como lepra e "lepros", em grego, significa "algo que descama" e é chamada de "a doença mais antiga do mundo", afetando a humanidade há pelo menos 4000 anos e sendo os primeiros registros escritos conhecidos encontrados no Egito, datando de 1350 a.C.

De acordo com o versículo supracitado, além do sofrimento causado pela doença, havia o constrangimento, pois, o leproso ainda em seu estágio inicial era pelo sacerdote de Israel declarado imundo, banido da casa e da cidade onde morava, enviado para viver em um leprosário junto com os demais na mesma situação até que melhorasse ou morresse. Todas as vezes que se aproximasse de alguém, pois era proibido tocar e ser tocado por qualquer pessoa era obrigado a agitar um guizo (peça de metal que ao ser balançado produzia som) e em seguida gritar: “imundo”.

A lepra, quando contraída, na maioria das vezes era impossível de ser curada através dos meios humanos, somente pela intervenção divina, como aconteceu com Naamã, capitão do exército do rei da Síria, que se tornou leproso; porém, por ordem do profeta de Deus, Eliseu, mergulhou sete vezes no Rio Jordão e foi curado (II Reis 5.1 e 14).

Em Mateus capítulo 8 e os versículos 1 à 3, Jesus curou um leproso, quando este implorou que o Senhor tivesse misericórdia dele. Jesus estendeu a sua mão e tocou-o, ficando imediatamente curado da lepra e encaminhado para o sacerdote a fim de servir como testemunho.

Como a lepra, o pecado é também uma doença terrível com a qual todos nós estamos infectados. Hoje, conhecida por Hanseníase, provocada pelo bacilo de Hansen, em homenagem ao médico norueguês G. Armauer Hansen que descobriu em 1873 o bacilo, pode-se realizar o tratamento via medicamentos distribuídos nos postos de saúde de todo o Brasil através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Porém, quanto ao pecado, não existe nenhum antídoto capaz de remover essa lepra do coração do homem, mas somente o toque curador de Jesus Cristo, o Filho de Deus que remove milagrosamente nossos pecados, dando-nos uma vida abundante. Como o leproso, devemos perceber a nossa incapacidade de curarmos a nós mesmos e devemos pedir ajuda ao nosso Salvador Jesus, pois, em João capítulo 15 e versículo 5 (parte “b”), Ele afirmou: “...porque sem mim nada podeis fazer”, sem Cristo, estamos perdido.

O pecado é uma afronta à Santidade de Deus, Ele não o tolera, porém, quando de coração nos arrependamos dele, o Senhor nos perdoa e o Espírito Santo de Deus passa habitar em nós, tornando-nos uma nova criatura através do processo do novo nascimento (João 3. 1 à 7) e daí em diante, tudo o que a Bíblia abomina, nós passamos a abominar também. Isto é mudança de vida, é saber viver a verdadeira liberdade proporcionada pelo Cristianismo, a qual o Apóstolo Paulo fala que “contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5. 23).

Quando procuramos a cura de “nossa lepra”, através de nossos próprios sacrifícios, estamos anulando o sacrifício de Jesus na cruz, pois é impossível salvar-nos a nós mesmos, “Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á” (Mateus 16.25 (parte “a”).

Deus, em Isaías capítulo 59 e os versículos 1 e 2, está pronto a perdoar todas as transgressões (sarar a lepra) de qualquer pecador que queira ser perdoado (curado); pois as nossas transgressões nos afasta, mantendo-nos distante do Senhor.

Só o sangue de Cristo pode nos purificar dos pecados, “Por isso, ainda que te laves com salitre, e amontoes sabão, a tua iniqüidade está gravada diante de mim, diz o Senhor DEUS” (Jeremias 2.22). A cura do corpo pode advir de remédios ou da intervenção divina, mas os males da alma só podem ser curados pelo sangue de Jesus.

Assim como a lepra afastava o homem da família e da comunidade, o pecado nos afasta de Deus, no Jardim do Édem, o homem foi expulso após pecar. Ela mantinha o homem impuro diante de todos, o pecado nos faz impuro diante de Deus. A lepra conduzia o homem a morte, a Bíblia diz que o salário do pecado é a morte.

A lei exigia que depois de curado, o homem devia se apresentar ao sacerdote a fim de ser examinado, e pudesse a partir daí voltar ao seu convívio social. Cristo veio nos inserir novamente ao convívio espiritual, quando o pecado afastou o homem de Deus (Romanos 3.23 e 5.1).

Aproveite hoje, e deixe esta mensagem penetrar em seu coração, fazendo uma análise como está a sua vida diante do Senhor Deus. Lembrando que tudo é possível para Ele. Não há pecado que Ele não perdoe, e nem um coração quebrantado que Ele não possa compadecer-se.

Até a próxima publicação. Minha oração é para que Deus abençoe você, sua família e toda a humanidade.
Pr. Deuramar Ribeiro Leite, é
Co-Pastor da IEADA, Bacharel em Teologia,
Professor fazer CETEMAD,
Membro do Conselho de Pastores e
Assessor de Comunicação da Igreja Assembleia de Deus-CIADSETA

em Araguatins-TO.